Pai que estuprou a filha enquanto ela era criança é condenado em Tubarão

A menina foi abusada sexualmente durante cinco anos
Um homem que estuprou a própria filha durante cinco anos da vida da menina, foi condenado em Tubarão. A denúncia foi apresentada pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) por meio da 8ª Promotoria de Justiça de Tubarão.
O criminoso foi condeado à pena de 31 anos, um mês e dez dias de reclusão. A decisão foi proferida nesta terça-feira (21) e o cumprimento da pena vai ocorrer em regime inicial fechado.
Os abusos ocorriam dentro da casa da família. O pai passou a ordenar que a criança mostrasse partes do seu corpo. Em pouco tempo, os abusos evoluíram para toques físicos e conjunção carnal. Os abusos ocorreram entre os oito e 12 anos de idade da menina.
Na casa, ainda moravam o irmão mais novo dela e a mãe, que ficaram sabendo da situação após o ocorrido. A vítima conseguiu contar sobre os abusos quando tinha 12 anos. Na época dos fatos, ela teve crise de ansiedade enquanto estava na casa da avó e precisou ser encaminhada ao hospital. Ela relatou ao médico sobre ser violentada pelo próprio pai.
A menina contou que o pai passava a mão em suas partes íntimas e chegava a machucá-la. Ela enfatizou que os abusos, em alguns dias, ocorriam mais de uma vez, mesmo ela pedindo para que o pai parasse. A perícia médica confirmou o abuso sexual.
“Os fatos apurados nos autos do referido processo são demasiado graves. A violência física e emocional praticada contra a vítima é de uma rara maldade que vi nestes quase 23 anos de carreira no Ministério Público. A materialidade e autoria restaram plenamente comprovadas no decorrer da instrução, trazendo detalhes de todo um ambiente pernicioso a que a criança foi submetida”, conforme destaca o magistrado Lírio Hoffmann em sua sentença.
“Além disso, há que se ponderar os reflexos da violência na saúde mental e emocional da vítima. O acompanhamento psicológico contínuo, devido às crises de ansiedade e à dificuldade de comunicação causadas pelo trauma, são indicativos claros de que os danos ultrapassam os danos físicos, afetando profundamente a qualidade de vida e o futuro da vítima. A própria incapacidade de se expressar adequadamente, como relatado pelo médico ouvido neste juízo, mostra o impacto devastador da violência sofrida'”, relata o Promotor de Justiça Fred Anderson Vicente, que apresentou a denúncia e atuou no caso.
O réu, que estava preso preventivamente, teve negado o direito de recorrer em liberdade. O MPSC pediu a prisão preventiva dele na audiência de instrução e julgamento, o que foi decretado pela Justiça na época. A vítima e o irmão, também menor de idade, estão recebendo acompanhamento psicológico.
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