Prefeito de Imaruí, investigado na Operação Mensageiro, retorna ao cargo

Decisão partiu da 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça


O prefeito de Imaruí, investigado na Operação Mensageiro, Patrick Corrêa (União Brasil), voltou ao cargo nesta sexta-feira (1º). Ele ficou quase um ano afastado após ter sido detido na quarta fase da operação no dia 27 de abril de 2023.

No despacho, a desembargadora Cinthia Beatriz da Silva Bittencourt Schaefer, da 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça, decide “indeferir o pleito ministerial e determinar o imediato restabelecimento da função pública de prefeito de Imaruí a Patrick Corrêa”.

A prisão preventiva foi revogada no dia 21 de setembro de 2023, e desde então, o político cumpria duas medidas cautelares. Além de ficar afastado do cargo máximo municipal por 30 dias, era proibido em manter contato com os colaboradores premiados da ação. O prazo foi prorrogado pela 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça em mais 180 dias.

Com seu retorno ao cargo, José Euclides da Rocha (PDT), que ficou como prefeito de Imaruí durante o período de afastamento de Patrick, volta a ocupar a posição de vice-prefeito.

Pagamento adiantado

Na época, Patrick teria pedido à empresa pivô da operação um pagamento de R$ 40 mil para quitar dívidas da prefeitura com a empresa que fazia a coleta e destinação de lixo no município.

Conforme a denúncia do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), o político receberia um pagamento mensal no valor de R$ 5 mil entre março de 2021 e maio de 2022. Após um ano de acordo feito com a empresa, os valores aumentaram. Ele chegou, ainda no começo de 2021, solicitar um valor extra.

Em tese, ele teria recebido um total de R$ 160 mil em oito ocasiões em que os pagamentos foram realizados pela empresa ao prefeito.

A Operação Mensageiro na Amurel

A Operação Mensageiro é considerada o maior esquema de corrupção da história de Santa Catarina, que investiga fraude em licitação, corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro no setor de coleta e destinação de lixo.

Das 18 cidades da Amurel, quatro delas tiveram políticos presos. Joares Ponticelli e Caio Tokarski, ex-prefeito e ex-vice-prefeito de Tubarão; Deyvisson de Souza, ex-prefeito de Pescaria Brava; Vicente Corrêa Costa, ex-prefeito de Capivari de Baixo e Patrick Corrêa, prefeito de Imaruí, que agora retorna ao cargo.

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