Mundo: senador italiano propõe projeto de lei que oferece auxílio de mil euros por mês para mulheres que não abortarem

15 de julho de 2024

Projeto de lei oferece uma assistência para mulheres grávidas em dificuldade


O governo italiano, liderado pela primeira-ministra Giorgia Meloni, propôs projeto de lei que oferece assistência a mulheres grávidas em dificuldade que optarem pela manutenção da vida dos bebês.

A proposta, promovida pelo senador Maurizio Gasparri do partido Forza Italia, prevê um auxílio de 1.000 euros por mês durante cinco anos para mulheres que decidirem continuar com a gravidez.

A medida visa reduzir o número de abortos motivados por dificuldades financeiras, conforme o Artigo 5 da Lei 194 da Itália. Gasparri destacou que o apoio é tanto moral quanto financeiro, incentivando as mulheres a prosseguirem com suas gestações. Ele declarou: “vamos defender a vida!” ao anunciar a medida nas redes sociais.

Além do auxílio básico, a proposta prevê aumentos de 50 euros por mês a partir do segundo filho e 100 euros até os 18 anos em caso de deficiência da criança.

Financiamento e Critérios de Elegibilidade

Para financiar a iniciativa, será criado um fundo de renda de maternidade com 600 milhões de euros anuais. Para se qualificar, as mães devem ter um Indicador de Situação Econômica Equivalente (ISEE) inferior a 15.000 euros e serem cidadãs italianas residentes no país.

Em abril de 2024, Meloni já havia aprovado um pacote de medidas para reduzir o número de abortos no país, incluindo o acesso de voluntários de associações pró-vida aos centros de aborto para oferecer assistência às mães.

A proposta de renda de maternidade reflete a defesa de Meloni dos valores tradicionais, especialmente no que diz respeito à família e ao aborto. Ela argumenta que suas medidas pró-vida visam garantir às mulheres a possibilidade de escolher uma alternativa ao aborto, removendo as causas financeiras que podem levar a essa decisão.

Meloni, que é uma figura central na política de direita europeia, continua a defender que valores tradicionais são essenciais para a identidade nacional e religiosa da Itália. Este movimento também se alinha com suas ações na cúpula do G7 de 2024, onde a Itália vetou a inclusão de uma referência ao direito ao aborto no comunicado final, provocando críticas de outros líderes, como Emmanuel Macron, presidente da França.

A primeira-ministra acredita que esses valores estão sob ataque na cultura contemporânea e que uma alta taxa de natalidade é crucial para o futuro da Itália, conforme defendido em eventos como a Cúpula Demográfica de Budapeste.

Fonte: O Antagonista

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15 de julho de 2024