Hoje é dia de São João Paulo II, o único papa que visitou Santa Catarina

Ele foi papa da Igreja por 26 anos


Hoje, 22 de outubro, é celebrada a memória litúrgica de São João Paulo II, um santo de nosso tempo e que durante a sua vida viveu a santidade de forma concreta. Foi papa da Santa Igreja por 26 anos e conhecido como o Papa do amor e da juventude.

Sendo o primeiro papa polonês, ele esteve no pontificado por 26 anos e cinco meses, sendo o terceiro mais longevo. Apenas São Pedro e São Pio IX ficaram mais tempo no papado.

No dia 28 de abril, Bento XVI dispensou o tempo de cinco anos de espera após a morte para iniciar a causa de beatificação e canonização de João Paulo II. A causa foi aberta oficialmente pelo cardeal Camillo Ruini, vigário geral para a Diocese de Roma, em 28 de junho de 2005. Bento XVI o beatificou em 1º de maio de 2011 e ele foi canonizado pelo Papa Francisco em 27 de abril de 2014, junto com são João XXIII.

O papa João Paulo II realizou 104 viagens apostólicas fora da Itália e 146 nesse país. O Papa teve a oportunidade de visitar o Brasil três vezes, e em uma delas, mais especificamente, foi a capital de Santa Catarina, Florianópolis. Ele foi o único pontífice a visitar o estado.

Em 1981, papa sofreu atentado e perdoou seu atirador

João Paulo II sofreu um grave atentado na Praça São Pedro, em 13 de maio de 1981. Ao passar com seu veículo entre a multidão, foi ferido com um tiro. Depois de uma longa hospitalização, visitou o terrorista na penitenciária, o turco Ali Agca, que o perdoou e manteve uma longa conversa.

Em sinal de agradecimento à Mãe de Deus, que o salvou com a sua mão materna, o Papa pediu para colocar a bala, com a qual foi atingido, na coroa da estátua de Nossa Senhora de Fátima, uma vez que o atentado ocorreu no seu dia litúrgico. Ciente de ter renascido para uma nova vida, João Paulo II intensificou ainda mais seus compromissos pastorais, com generosidade heroica.

No cárcere de Rebibbia, em Roma, no dia 27 de dezemnbro de 1983, João Paulo II encontrava Mehmet Ali Ağca. O terrorista recebeu o perdão do pontífice, enquanto cumpria sua pena na prisão.

Um santo em Florianópolis

No dia 17 de outubro de 1991, o Papa desembarcou na capital, após toda uma preparação realizada por uma equipe liderada pelo padre Vilmar Adelino Vicente, na qual contou com a jornalista Lucia Helena Vieira. Na época, o arcebispo da Arquidiocese de Florianópolis era Dom Eusébio Oscar Scheid, S.C.J.

“Eu fui convidada no início do ano pelo padre Vilmar Vicente. Ele foi convidado pela arquidiocese para ser o coordenador de uma grande equipe por representates da Igreja, do governo estadual e da prefeitura, para tratar de todos os aspectos relacionados a visita do Papa em Florianópolis. Envolvia segurança, mobilidade, trânsito, algumas obras na cidade foram feitas”, disse a jornalista, que continuou: “Em Florianópolis ele chegou em uma noite no Aeroporto Hercílio Luz, veio de helicóptero até a base da Polícia Militar até o bairro da Trindade, e depois saiu de papamóvel pela Avenida Beira Mar Norte”.

Foram meses de preparação, segundo a jornalista, que diz que ficou bem “assustada” quando foi anunciada pelo padre como assessora de imprensa para a cobertura da chegada do Papa.

“Um dia recebo o telefonema do padre Vilmar, me perguntando se eu podia colaborar com a organização com da visita do Papa, e eu imediatamente disse sim, e ele me convidou para participar de uma reunião no dia seguinte. Eu entendi que seria mais uma pessoa a colaborar com a visita”, comenta Lucia Helena. “A reunião tianha acabado de começar quando eu cheguei, me chamou na frente sem prévio aviso, e me apresentou como assessora de imprensa da visita do Papa. Eu levei um susto na hora, mas fiz de conta e ele me passou a palavra. Apesar do choque, eu briguei com ele, né? Onde já se viu fazer uma coisa dessas? (risada).

Na capital, quando chegou, o Papa passou por diversos lugares e foi acompanhado por milhares de fiéis. Uma multidão o viu passar com o papamóvel na Avenida Beira Mar Norte. Já na Missa de Beatificação da Madre Paulina, celebrada por ele, cerca de 60 mil pessoas estiveram presentes acompanhando.

Em seguida da cerimônia de beatificação da agora Santa Paulina, o Santo Papa participou de um almoço com bispos e sua comitiva, além de ir ao ginásio do Sesc, na Prainha, para encontrar-se com religiosos. Sua despedida se deu na Praça das Bandeiras, em frente ao Palácio Santa Catarina, na qual ele acenou para os fiéis.

Transmissão da Rádio Tubá

O jornalista Arilton Barreiros, ainda neste dia muito importante da visita do papa em Santa Catarina, transmitiu ao vivo para a Rádio Tuba e foi sorteado entre outros 300 jornalistas presentes para participar de encontro reservado com o pontífice.

“Fiz a transmissão do evento ao vivo para a Rádio Tubá. Como choveu, coloquei o equipamento debaixo da arquibancada. Minha esposa Maria de Lourdes me acompanhou. Entre os jornalistas e radialistas presentes, uns 300, mais ou menos, houve sorteio para que um representasse todos em encontro reservado com o papa”, diz Arilton.

Arilton, além disso, disponibilizou uma foto para a reportagem da Tubá, dizendo que fez alguns registros. Grande parte dessas fotos ele guarda com carinho em um baú.

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