Estudante de Medicina da UniSul de Tubarão participa da Missão África e presta atendimento médico em Benin

Benin é um dos países mais pobres do continente africano
Levar atendimento médico a uma população de extrema vulnerabilidade em Benin, quinto país mais pobre do continente africano, e oferecer a estudantes e docentes uma oportunidade de desenvolvimento profissional e humanitário. Esses são os principais objetivos da Missão África, projeto da Inspirali, principal ecossistema de educação médica do país.
A Missão aconteceu de 24 de janeiro a 7 de fevereiro, período em que os missionários visitaram e receberam pessoas de 10 diferentes vilarejos das cidades de Adjarra e Ganvie.
A estudante do 11º semestre de Medicina da UniSul, de Tubarão, Gabriela Guglielmi, esteve participando do projeto, que envolveu mais 29 estudantes e 14 docentes. A Missão África, projeto da Inspirali, visa introduzir a medicina humanizada como atividade prática e de extensão universitária no currículo dos futuros médicos. Cerca de 300 pessoas foram atendidas e 3 mil atendimentos realizados.
Em Benin, a mortalidade infantil se aproxima de 50% no primeiro ano de vida e a expectativa de vida é em média 53 anos. Consultórios improvisados foram feitos sob a sombra de árvores e os atendimentos realizados em blocos de tijolo. Os estudantes aprenderam muito sobre a cultura local e suas diferenças.
“Eu costumo dizer que as crianças em Benin era nosso combustível diário. As crianças foram um presente que a gente tinha todos os dias. A gente atendia todo dia em uma comunidade diferente, e em toda comunidade tinham crianças para nos receber. A energia das crianças, o carinho, o amor, o toque, elas queriam abraçar a gente e brincar. Sempre no final de cada atendimento, a gente sempre tentava brincar, conversar, dançar com eles. Eu digo que as crianças foram uma das melhores partes que a gente viveu lá”, comenta Gabriela em entrevista ao Show do Rádio da Rádio Tubá.
A Missão África também proporcionou grandes parcerias e articulações. A Inspirali realizou diversas conversas com a Universidade em Cotonou para tratar de um MOU (memorando de entendimento) no campo da cooperação técnica e intercâmbio de estudantes e professores, que deve acontecer nos próximos anos.
Além disso, em reuniões com representantes do Ministério da Saúde, foram plantadas algumas sementes para futuras ações como o envio de vacinas, que lá é muito raro, reformulação do hospital local para comportar cirurgias e novas edições da Missão.
Confira a entrevista completa abaixo: