Reunião discute reabertura do Rio Dragado e intervenções no Complexo Lagunar
O foco será em intervenções como desassoreamento e limpeza do leito do rio
A Secretaria de Pesca e Agricultura realizou nessa quarta-feira (20) uma reunião para discutir intervenções no complexo lagunar e a reabertura do Rio Dragado. Entre as deliberações, ficou estabelecido pelo Governo Municipal, a criação do Decreto de Declaração de Utilidade Púbica e formação de um comitê multidisciplinar para coordenar os trabalhos.
Este comitê será responsável por elaborar um Relatório Técnico. O foco será em intervenções como desassoreamento e limpeza do leito do rio, essenciais para o restabelecimento do equilíbrio ecológico da área.
O Rio Dragado é um elemento crucial do ecossistema do Complexo Lagunar Santa Marta/Camacho, mas tem enfrentado problemas de assoreamento e falta de oxigenação. Esta situação tem impactado negativamente tanto a fauna aquática quanto a pesca artesanal, essencial para a subsistência das famílias locais.
Entenda
Na década de 60, ocorreu a abertura do canal artificial entre a lagoa de Santa Marta e a Lagoa do Camacho, dando origem ao popularmente ao conhecido “rio dragado”. O objetivo desta intervenção era garantir a circulação de água entre as lagoas. Porém, como resultado, a Lagoa do Camacho começou a sofrer com a poluição, devido à plantação de arroz na região e ao uso de agrotóxicos. Sendo assim, os pescadores, com o apoio da CIDASC, realizaram o fechamento do rio dragado entre os anos de 1995 e 1997.
Essa medida tinha como objetivo minimizar os impactos negativos causados pelos agrotóxicos, que afetavam o ecossistema aquático e, consequentemente, a atividade pesqueira dos pescadores. Com o fechamento do rio, esperava-se preservar a qualidade da água, proteger as espécies aquáticas e garantir a sustentabilidade das fontes de renda dos pescadores.
Com tudo, após essa intervenção, durante as ultimas décadas, bem como as dinâmicas das água da bacia do rio tubarão e carreamento de sedimentos que as mesmas provocam, diferentes impactos foram gerados, principalmente na Lagoa de Santa Marta, que após o fechamento do “rio Dragado” não possui uma saída adequada para o escoamento das águas, agravando ainda mais o estado de assoreamento.
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