“Mandaram eu ir embora com minha gata morta nos braços”, diz dono de um dos animais que morreu em mutirão de castração em Tubarão

Um outro pet também acabou falecendo


A Fundação Municipal de Meio Ambiente (Funat) realizou na quinta-feira (24), no estacionamento da Arena Multiuso Prefeito Estêner Soratto da Silva, em Tubarão, o sexto mutirão de castração de cães e gatos. No entanto, entre os 190 animais atendidos, dois deles acabaram morrendo, sendo dois gatos.

A Rádio Tubá procurou conversar com um dos donos de um dos pets que acabou morrendo, e de forma desoladora, ele relatou a situação para a reportagem.

“Mandaram eu ir embora com minha gata morta nos braços”, disse o dono, que informou como ficou abatido com a situação e irritado pela negligência dos profissionais. 

Segundo ele, a gata foi levada às 7h40 do dia 24 de outubro, e em jejum, para que fosse castrada. Ele pegou a senha de número 4 para ser atendido e depois passou pelo processo de triagem e pesagem.

No entanto, ele relata que a balança estava ligando e desligando, pois o gerador de energia caiu inúmeras vezes. Ainda de acordo com o dono, na outra vez que foram pesar, com a caixinha, colocaram de qualquer jeito e disseram a ele que sua pet tinha 4 kg.

Ele ainda fala à reportagem que, durante o procedimento antes da cirurgia, a gata morreu após uma parada cardiorrespiratória, como informaram ele no local. Ela recebeu anestesia e não resistiu, e por isso, indignou o dono com a situação. No mutirão, a equipe responsável informou que o que pode ter ocasionado a morte foi uma “aids felina”. Mas, o dono afirma que a gata era saudável.

“Eles dificultaram de todas as formas que fosse feita a pesagem dela novamente. Se não fosse uma protetora de animais, a qual se dispôs a testemunhar, não teríamos conseguido. Pesamos ela com e sem a caixinha e o peso estava totalmente diferente. Na caixinha, como foi feita a primeira pesagem, deu que tinha 4,9 kg, e sem a caixinha 3,350 kg. Isso significa que possivelmente a dose de anestesia dada foi maior do que para o seu peso, e eles (a equipe responsável pela castração) insistiram que existe uma margem de erro. Nós conseguimos sair apenas às 16 horas e sem muitas explicações”, relata o dono.

Fatal de documentação e necrópsia em Curitiba

O caso tomou um rumo ainda pior, com a falta de documentos, em um primeiro momento, para que comprovasse a quantidade de anestesia aplicada, o peso real do animal e a causa da morte.

No protocolo de atendimento, constava o nome, a raça, outras informações, além da primeira pesagem. Neste papel que deveria conter outras informações, há apenas escrito “óbito PCR 9:30”. O procedimento anestésico não foi escrito, e muito menos o procedimento cirúrgico, visto que a gata morreu antes mesmo de ser submetida à cirurgia.

“Ontem, depois de muito custo, eu tive até que falar um pouco mais firme e deixar a educação de lado. Eu consegui que eles me enviassem, por escrito, pelo WhatsApp, a relação de qual medicação foi aplicada nela. Não foi nem documentado. Mas isso, só depois de quinta, quando eu saí de lá com ela morta nos meus braços. Eles me mandaram ir para casa com ela, e não tinha documento e nem nada escrito”, diz ele.

Uma necrópsia da gata será realizada em uma universidade de Curitiba. A previsão de laudo é apenas para segunda-feira (28), conforme as informações repassadas à Rádio Tubá.

Segundo gato foi intubado, mas morreu na clínica

Um segundo gato acabou morrendo, também, após o mutirão de castração realizado na cidade. A imagem do protocolo do segundo gato que acabou morrendo também foi repassada à Rádio Tubá, e destacava todas as informações, desde o nome e pesagem, até o procedimento anestésico e o cirúrgico a ser realizado.

Porém, no pós-operatório, o pet foi intubado com oxigenoterapia após complicações, além, também, da realização da oximetria de pulso. De acordo com o protocolo, ainda foi realizado uma prova de carga e foi iniciada a respiração espontânea. A gata precisou ser entubada e encaminhada à clínica veterinária, mas não resistiu.

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