Hoje é dia de Santa Catarina de Alexandria, a padroeira do estado
História da santa vai do Egito até relíquias em Florianópolis
Hoje, dia 25 de novembro, é dia de Santa Catarina de Alexandria, a padroeira do estado de Santa Catarina desde a criação da Diocese de Florianópolis, em 1908.
Catarina de Alexandria nasceu no ano 287, em Alexandria, onde recebeu uma ótima formação cristã. É uma das mais célebres mártires dos primeiros séculos, venerada pela Igreja Ortodoxa como uma grande mártir, e na Igreja Católica é reverenciada como um dos catorze Santos Auxiliadores.
Diz a lenda que o pai era Costes, rei de Alexandria. Aos 17 anos, Catarina era a mais bonita e a mais sábia das jovens de todo o império. Essa sabedoria levou-a a ser muitas vezes invocada pelos estudantes.
Anunciou que desejava casar-se, contanto que fosse com um príncipe tão belo e tão sábio como ela. Esta segunda condição embargou que se apresentasse qualquer pretendente.
Santa Catarina de Alexandria: padroeira dos estudantes, filósofos e professores
O casamento foi instituído sobre as verdades da fé, batizou-a e tornou-a humilde; depois disso, tendo-a Jesus encontrado bela, a Virgem Santíssima meteu aos dois o anel no dedo; foi isso que se ficou chamando, desde então, o “casamento místico de Santa Catarina”.
Ansiosa de ir ter com o seu Esposo celestial, Catarina ficou pensando unicamente no martírio. Conta-se que ela apresentou-se em nome de Deus, diante do perseguidor, imperador Maximino, a fim de repreendê-lo por perseguir aos cristãos e demonstrar a irracionalidade e inutilidade da religião pagã.
Santa Catarina, conduzida pelo Espírito Santo e com sabedoria, conseguiu demonstrar a beleza do seguimento de Jesus na sua Igreja. Incapaz de lhe responder, Maximino reuniu para a confundir os 50 melhores filósofos da província, que, além de se contradizerem, curvaram-se para a Verdade e converteram-se ao Cristianismo, isso tudo para a infelicidade do terrível imperador.
Santa Catarina de Alexandria: Provada na dor e Aprovada por Deus no Martírio
Maximino mandou os filósofos serem queimados vivos, assim como à sua mulher Augusta, o ajudante de campo Porfírio e os duzentos oficiais que, depois de ouvirem Catarina, tinham-se proclamado cristãos. Após a morte desses, Santa Catarina foi provada na dor e aprovada por Deus no martírio, tendo sido sacrificada numa máquina com quatro rodas, armadas de pontas e de serras. Isto aconteceu por volta do ano 305.
Historiadores contam que o corpo de Santa Catarina foi levado pelos anjos ao Monte Sinai, onde, anos mais tarde, em honra à mártir, foi construído o Mosteiro de Santa Catarina por ordem do imperador bizantino Justiniano I.
Considerada padroeira dos estudantes, filósofos e professores, o culto a Santa estendeu-se por todo o mundo. A Universidade de Paris escolheu a santa como padroeira, e no Brasil é considerada padroeira do Estado de Santa Catarina. A festa em honra a Santa Catarina foi incluída no calendário pelo Papa João XXII (1316-1334).
Relíquias da santa em Florianópolis
Além de ser a padroeira de Santa Catarina, existem relíquias de Catarina de Alexandria na região central de Florianópolis. São dois pedaços da costela da santa, que desde o ano 2000, estão expostas na capela do Tribunal de Justiça e na Igreja Ortodoxa de São Nicolau.
Em todo o mundo, apenas Santa Catarina e o Egito possuem as relíquias de Catarina de Alexandria. Foi um presente dos monges do Monastério do Monte Sinai, no Egito, para o único estado do continente americano a homenagear o nome da santa, assassinada em Alexandria, no ano 307, por defender o Cristianismo.
As tratativas para a doação com o monastério que guarda os restos mortais de Santa Catarina foram feitas por membros da Igreja Ortodoxa Grega de Florianópolis.
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