Cobertura vacinal contra a dengue atinge apenas 16,7% do público-alvo em Santa Catarina
Santa Catarina alcançou apenas 16,7% de cobertura vacinal contra a dengue entre o público-alvo de crianças e adolescentes de 10 a 14 anos. A vacinação, que inclui duas doses com intervalo de três meses, foi aplicada de forma completa em apenas 37 mil das 221.203 pessoas previstas nessa faixa etária, distribuídas em cinco regiões do estado: Nordeste, Vale do Itapocu, Grande Florianópolis, Médio Vale do Itajaí e Oeste Catarinense.
Em relação à primeira dose, 86 mil pessoas foram vacinadas, o que equivale a 39% do público. A meta do Ministério da Saúde é imunizar 90% desse grupo.
“A dengue segue como um grave problema de saúde pública, e aqui em Santa Catarina não é diferente. O ano de 2024 registrou aumento nos casos e óbitos pela doença. É fundamental avançarmos na vacinação nessas cinco regiões, já que o imunizante é uma estratégia essencial no enfrentamento à dengue e está disponível gratuitamente pelo SUS”, destaca João Augusto Brancher Fuck, diretor da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive).
A região Nordeste, que iniciou a campanha em 24 de fevereiro, apresentou a maior cobertura vacinal, com 54,3% do público recebendo a primeira dose e 26,3% completando o esquema vacinal. Já na Grande Florianópolis, que começou a vacinação em 8 de abril, 13,91% receberam as duas doses. As regiões Médio Vale do Itajaí e Chapecó, últimas a iniciar a vacinação, registraram apenas 10,06% de cobertura para as duas doses.
Entre 31 de dezembro de 2023 e 2 de dezembro de 2024, o estado registrou 348.737 casos prováveis de dengue. “É preciso reforçar os cuidados, especialmente nesta época de chuvas e altas temperaturas, que favorecem a reprodução do mosquito Aedes aegypti”, alerta o diretor da Dive.
Como prevenir a proliferação do mosquito Aedes aegypti:
• Evite o acúmulo de água da chuva em recipientes como pneus, tampas de garrafas e copos descartáveis;
• Não acumule materiais descartáveis sem uso em terrenos baldios ou pátios;
• Trate piscinas com cloro ou esvazie-as completamente se não estiverem em uso;
• Mantenha tanques e lagos limpos ou introduza peixes que se alimentem de larvas;
• Lave com escova e sabão os recipientes de água e comida dos animais semanalmente;
• Coloque areia nos pratos de plantas e remova a água acumulada das folhas pelo menos duas vezes por semana;
• Mantenha as lixeiras tampadas e evite o acúmulo de lixo ou entulho.
A participação da população no combate aos criadouros do mosquito é essencial para conter a doença.
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